segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lei Seca


Essa semana, dia 19 a "Lei Seca" completa um ano!
A lei n° 11.705/08 proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos, ficando o condutor transgressor sujeito a pena de multa, a suspensão da carteira de habilitação por 12 meses e até a pena de detenção, dependendo da concentração de álcool por litro de sangue.
O que ocorre é que a lei vigente hoje foi modificada, foi "endurecida", acreditava-se que havia um nível seguro para o consumo de alcool, o que não é verdade, estudos comprovaram que as pessoas, são diferentes entre si, em muitos quisitos, entre eles o consumo e absorção do alcool...
O objetivo da lei é diminuir os acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. O consumo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de acidentes automobilísticos no país, segundo estatística da Polícia Rodoviária Federal.
O tempo de permanência do álcool no organismo varia de uma pessoa para outra. Fatores como estar com o estômago vazio ou cheio, ser homem ou mulher, branco ou negro e até estar mais ou menos acostumado à bebida influenciam. "Para uma pessoa, por exemplo, que passou a noite em claro, o efeito de uma lata de cerveja é triplicado", explica o médico Alberto Sabbag, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). De maneira geral, um copo de cerveja ou um cálice de vinho demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo organismo – já uma dose de uísque leva mais tempo. Por isso, independentemente do volume ou tipo de bebida ingerida, é mais prudente que o motorista só reassuma o volante 24 horas depois de beber. Assim mesmo, passado esse intervalo, se persistirem sintomas do álcool, o melhor a fazer é não dirigir. A alternativa é tomar um táxi, transporte coletivo ou então entregar a direção a quem não bebeu.
"É muito mais seguro seguir a orientação de não ingerir nenhuma substância psicoativa – que muda o comportamento e desempenho do ser humano", avalia o médico Alberto Sabbag, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Well, vale ressaltar que você não é obrigado a fazer o teste do bafômetro, caso fosse, seria inconstitucional, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo! Mas não pense que isso é o maior benefício, não se esqueça meu caro, você está no Brasil, caso o condutor se negue a fazer o teste, este sofrerá a mesma punição destinada a pessoas comprovadamente alcoolizadas – ou seja, multa de 957 reais e suspensão do direito de dirigir por um ano. Esse, aliás, é um ponto polêmico da lei: a Ordem dos Advogados do Brasil-SP deve fazer uma representação ao presidente da OAB federal para que seja providenciada uma ação direta de inconstitucionalidade, segundo o presidente da Comissão de Trânsito da OAB, Cyro Vidal. Por ora, caso o motorista use a artimanha de se negar a fazer o exame, entrando posteriormente com um recurso na Justiça, a lei prevê que o testemunho do agente de trânsito ou policial rodoviário tem força de prova diante do juiz.
Leia está reportagem:estatísticas
Aqui mostra as estatísticas da redução do número de acidentes da lei.
"Entre junho de 2008 e março de 2009, unidades públicas do Brasil registraram queda de 12,4% nos casos em comparação a igual período anterior. Nos dez primeiros meses de vigência da lei (março é o último tabulado) houve 3.523 mortes em hospitais de ciclistas, pedestres, motoristas, motociclistas e ocupantes de veículos acidentados. No intervalo anterior correspondente - junho de 2007 a março de 2008 - foram 4.025 casos."¹
Well, parece que houve uma consideravel redução, e isso só faz comprovar ainda mais que bebida e direção não combinam!

Veja aqui alguns vídeos:
Bêbado de Pijama
Beber, cair e levantar
Bêbado...

Um comentário:

D disse...

Thu;

Como não conseguimos definir o quanto cada pessoa, particularmente, é capaz de ingerir de álcool de forma segura, concordo que é melhor a proibição total do consumo às pessoas que conduzem automóveis.

No entanto, não basta a lei. É necessário fiscalização.

Soube que, em alguns países, não é proibido dirigir bêbado, mas, caso haja algum acidente onde o condutor esteja embriagado, sua pena é multiplicada muitas vezes - pelo fato dele ter consumido álcool e, portanto, assumido o risco maior de provocar o fato. As pessoas, então, por medo de se envolverem em alguma coisa e terem suas penas enormemente aumentadas, acabam não bebendo antes de dirigir, mesmo isso não sendo, especificamente, proibido.

Isso não te parece mais inteligente que a nossa rigorosa "Lei Seca"?

Bjoca!