quinta-feira, 19 de junho de 2008

O homem como aquele que mede


Inicia com Descartes a ruptura da filosofia com cunho religioso, não, não quero dizer que a partir de agora Deus está morto, deixa isso pra dois séculos mais adiante, com aquele indivíduo que não tinha muitos bons motivos pra viver, e contestou tudo e todos, e matou Deus e desgraçou Sócrates. Bem, voltando ao assunto, a partir do século XVI, com René Descartes o homem torna-se feitor do seu próprio destino, deixa de ser coadjuvante nessa cena, deixa de ser alguém que vive a vida como quem lê um script, e passa a ser artífice, diretor dessa grande obra que segreda o mundo. Rompendo com a escolástica e a metafísica, sem negar Deus, ao contrário o provando matematicamente, Descartes põe o homem como senhor do seu próprio destino, assim sendo, abre a liberdade para outros irem mais adiante, como Nietzsche, radical ao extremo, mas ótimo, ótimo pensador, pela coragem e pela persuasão, já que foi cristão.
Deixo-lhes um conselho: Ao descordar de um assunto, tenha argumentos plausíveis e bem fundamentados para refutá-lo, ou seja, o conheça “de cabo a rabo”.


Pos scriptum (p.s.): Curiosidade, a palavra "homem" significa "aquele que mede, mediador"-> a medida, avaliação, a balança e o peso.


Musicalidade: Roda Viva_ Chico Buarque
Imagem: Autor desconhecido_personagem: Descartes e 'plano cartesiano', é mediador, háháhá

sexta-feira, 13 de junho de 2008

"Uhuuuuu gato preto cruzou a estrada, passou por debaixo da escada"


Sexta-feira 13.. que há de mau nisso?
"Superstição" vem do latim superstitio(latim agora é minha língua madrasta), que significa "o excesso",na conotação de sobrevivência do que é considerado antigo atualmente.Em qualquer acepção, designa "o que é alheio à atualidade, o que é velho". Transpondo para a linguagem religiosa dos romanos, o vocábulo "superstitio" veio a conceituar a ocorrência de cultos arcaicos, populares, não mais condizentes com as normas da religião oficial, qual seja a católica. O número 13 é tido ora como sinal de infortúnio, ora de bom agouro, é uma crença proviniente de conceitos pagãos.
"A idéia do 13 como um indício de má sorte surge da concepção que o judaico-cristianismo tem da morte, que não é, necessariamente, a idéia que Jesus teria tido. Especula-se, inclusive, que Jesus, sendo um sábio iniciado, possa ter estipulado o número de pessoas à mesa em 13 precisamente por causa da magia do número". São 12 os apóstolos sentados à Santa Ceia, contando com J.C. são 13 pessoas.Há também rumores que J.C. havia morrido numa sexta feira (a chamada sexta-feira santa, contraditório não?)
Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira, não lembra "friday"?), após o convertimento ao Cristianismo das tribos nórdicas e alemãs, Friga foi posta como bruxa e por isso, a cunho de vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o "tinhoso"(acho que se reuniam pra bebericar absinto, "o elixir proibido", e falar mal da vida dos outros). Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Os humanos necessitam da imaginação para explicar os frutos podres que colhem na vida não é mesmo? Se algo dá errado, a culpa nunca é minha, é sempre de outrem, castigo de "Deus", coisa do "diabo". Sempre foi assim, só não sei se assim será sempre!
Háháhá, há também quem considere o número 13 como sorte, está ai o nosso estimado ex- técnico da seleção brasileira de futebol Zagallo.
Bem, o que tenho a desejar é: Boa sorte!
Mas o que é sorte? isso existe?
é assunto pra outro "post", por ora..se virem um gato preto com os olhos vermelhos por aí, devolvam-me, o meu fugiu de casa faz alguns dias..(háháhá..falácia)

Imagem: obra desconhecida, autor: "NAC"*
Título: Trecho de " O vira", Secos e Molhados

quarta-feira, 4 de junho de 2008

"Toada Velha Cansada"


Quem? eu?
Eu envelhecerei?
Desgastarei como um plástico?
Não, estão enganados, eu não!
Ficarei velha e sem importância um dia
E minha beleza?
O que vai ser feita dela?
Vai ser retirada de mim como um demaquilante?
Oh que mundo!
E o que restará?
Um coração cheio de ditames e nostalgia
Memórias em uma cápsula vazia
Linhas e expressões cheias de estórias
Em cada parte do meu corpo, uma nova ode singular.
A vida passará sem me dizer adeus
E no meu rosto ficarão os ferimentos, mas com eles a curativa alegria.
A triste nostalgia, a vaidade descabida, a saudade infinita.
Eu viverei os dias escritos
E não me demaquilarei, deixarei lá, todas as marcas, todas as cores...
Recolorirei essa aquarela um dia, um dia, um novo dia.




Texto: Thuany Freitas (Fev/2008)
Foto : Thuany Freitas (2007)