sexta-feira, 30 de maio de 2008

Proliferação de Cosmovisões


Devo admitir que as aulas de filosofia tem me feito uma pessoa melhor, me fez até pensar em fazer o curso, imagine só, eu estudando filosofia por quatro anos e pra vida toda, é necessário ser contínuo “pra que minha vida siga adiante”¹...
Pois bem, hoje, me apeteceu dividir convosco algo que muito me intrigou e desde já peço opiniões porque preciso saber mais sobre o assunto, desculpe a franqueza, mas esse texto é só uma mera pretensão de entendimento, se não o fizer, vou esquecer da dúvida.
Hoje, trabalharemos com três conceitos distintos, mas interligados, e desde já, peço perdão, por não saber mais do que informarei aqui, mas tenho interesse em agregar conhecimento.
O que é mundanização? Não, não tem nada a ver com o Big Bang, nem é algo que remonta a formação do mundo!
Para Arendt é um fenômeno, em que o ser humano ganhou o mundo, o conquistou, dominou com suas ciências, mas, em fundamento último, se alienou com esse processo.
Secularismo? O que é?
Definimos como uma certa política de “laicalização”, Laïcité (conceito Francês relacionado com a separação do estado e da religião), tornar laico. Num sentido mais amplo, como em Humanismo Secular, significa a independência em relação a religiões, crenças ou cultos.
Um conceito completamente ligado a definição de Secularismo é o que chamamos de Secularidade, que do latim siginifica “antiguidade”, que remonta ao que não se relaciona com o religioso, chamamos de “humano”, secularidade não é sinônimo de ateísmo, não liguem uma coisa a outra!
Pois bem, a mundanização de Hanna Arendt só foi possível com a realização de fenômenos como esses, anteriores. A ciência humana que a cada dia avança mais, um dia foi bastante reprimida pela igreja, se hoje temos tal desenvolvimento é porque a igreja “deixou” de interferir com seus preceitos nas obras humanas. Sabemos que de uma forma ou de outra ela interfere sim, mas não mais como antes, de forma direta. Ninguém é considerado bruxo porque estuda química, ninguém é queimado vivo porque sabe que a Terra não é o centro do universo, mas mesmo assim, a mundanização definida por Arendt também é consequência da alienação, quando deixamos nos levar por conceitos que acreditamos serem mais idôneos, sem ao menos conhecer o outro lado, pra então, opinar, nos alienamos e tomamos as coisas como fundamento ultimo, alienar-se é desvincular da possibilidade de mudar de idéia. PENSEM!


¹ trecho da música_ “Adeus você”-Los Hermanos

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Exercício Regular de Direito v.s. Livre Expressão Artística




Expressão artística é tão vinculada à personalidade humana que chega a ser um desdobramento desta. É tão única que é protegida sua autoria, sua conservação, a identificação do autor entre outros atributos.
É a forma expressa humana de ver o mundo, realizada de diferentes formas de manifestações.
Corolário do que é um direito de todos os cidadãos manifestarem suas opiniões, seus pensamentos, sua forma de enxergar o mundo, mas até quando isso é regular?
O que é exercer um direito de maneira regular?
Vocês vão dizer: _Depende!
Realmente depende, varia de acordo com o tempo e a sociedade que julga.
Caso alguém faça uma cena de strip-tease no teatro em 1800 e bolinha praticaria ato obsceno, se fosse uma mulher, esta seria considerada desonesta. E qual é o conceito de mulher honesta pra nossa sociedade? Andar de traje de banho nos arredores da praia é ato obsceno? Certamente que não.
Creio que toda forma de expressão artística deve ser válida, quando alguém é recriminado por pensar e exprimir seus pensamentos de certa forma, quem perde com isso não é só quem foi reprimido, mas sim toda sociedade. Estamos caminhando por um novo tempo, já trilhamos esse novo caminho a algumas léguas, e nesse caminho estamos descartando certos preceitos, aceitando o outro, sua forma de ver o mundo, e tendo um maior respeito pela diversidade humana, é o caminho certo, haverá um dia que ser diferente será normal.




Foto: Ronald Fischer, beekeeper, Davis, California, May 9, 1981
Richard Avedon (Um dos meus fotografos favoritos) (American, b. 1923)
Gelatin silver print; 151.4 x 119.7 cm (59 5/8 x 47 1/8 in.)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

MAIO DE 1968


Maio de 68
Uma data não tão definida...
Um mês de outono, um ano que não sei o significado numerológico, isso pouco importa, o que vale destacar mesmo, são as mudanças que este mês, este ano acarretou na sua vida, na vida do mundo, na visão política, na atitude e conceitos humanos, na economia e porque não também na ideologia.
Na França, marcaram-se os movimentos estudantis, motivados com a insatisfação com os currículos escolares, as disciplinas rígidas, a conservadora estrutura acadêmica, acabaram em confrontos entre jovens e policiais durante o mês de maio. O movimento, a principio inicia-se com estudantes, mas logo após conta com a adesão de trabalhadores, e assim, espalha-se por outras regiões da Europa.
Mais movimentos toma conta do mundo, movimentos de contestação que ocorrem em vários países do Ocidente, como Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda (Países Baixos), Suíça, Dinamarca, Espanha, Reino Unido, Polônia, México, Argentina e Chile. O que se protesta aqui é a situação vivida no pós-guerra, as guerras e as ocupações imperialistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, os jovens opõem-se à Guerra do Vietnã e fazem manifestações do movimento hippie. Nas críticas, de modo geral, existe uma mistura de radicalismo político e irreverência, que acusa tanto o capitalismo como o socialismo. Bem, e no Brasil minha gente? Será que esse país só desencadeou movimentos de insatisfação elitista com o preço do laquê para os topetes das madames, ou a arroba do gado para os aristocratas, o que acham?
Pois bem, os estudantes brasileiros, em 68, protestavam contra o Regime militar instaurado em 64 e a reforma universitária proposta pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 1967, que adota o modelo norte-americano de educação.
O que já é uma coisa, penso que neste tempo, a ideologia era mais ativa, os jovens menos egoístas, menos acomodados, mais independentes, mais políticos. Tanta coisa mudou, hoje, o que se preocupa é quando vai ser o próximo jogo, o próximo “pop-rock”, falta iniciativa, sobra alienação e egoísmo, o que diagnostica tanta atrofia de atitude.



*** Foto de 1968, passeata dos "cem mil",Rio de Janeiro, autor ignorado.***

domingo, 11 de maio de 2008

Para-nóia



Hitler:
Bigode ralo
austero
Nem cigarros, nem bebidas, nem mulheres...

Stalin:
Bigode avantajado
corajoso
provocador
sua mãe queria que fosse padre

= PARANÓIA

domingo, 4 de maio de 2008

Física Quântica

Já ouviram falar de física quântica?
Pois bem, não pormenorizadamente a física quântica, seria uma ciência que explicaria o mundo de uma forma diferente da que conhecemos, por exemplo, não se fala na física quântica de passado, presente e futuro, os tempos conviveriam juntos, é bem por aí.
Antes de sair pra ir trabalhar, há poucos dias atrás, antes do meio dia, zapiava a TV enquanto bebia o cafezinho costumeiro depois das refeições. O canal da Rede Minas me chamou atenção, estava passando “O menino muito maluquinho” é uma “releitura” da obra de Ziraldo. Na trama, o menino maluquinho de 5 anos, na praia encontrava duas versões diversas dele mesmo, uma com 10 e outra com 30 anos de idade. Apresentações a parte, semelhanças em outra banda, como acham que seria encontrar com vocês, mais novos ou mais velhos por ai? O que causaria isso no cotidiano, o que mudaria? Será que a vida seria assim diferente? Alguns erros poderiam ser evitados? Um tanto quanto instigante não? Eu morreria de rir, ao me ver andando de carrinho de rolimã quando tinha 6 anos, era a única menina que fazia isso na vizinhança, relembrar e tomar novamente um contato real com isso, seria assustadoramente incrível.
Pensem bem, o que achariam se vissem vocês com 60 anos e numa cama de hospital, com câncer de pulmão, acham que hoje parariam de fumar ao tomar esse contato com o futuro? Eu pararia, mas o incerto nos faz arriscar a vida e a prepotência de achar que isso não irá acontecer conosco.
A física quântica não arrumou até hoje meios muito convincentes ao meu ver, não, isso não denota meu desinteresse, ao contrário, vejo que há adeptos e crentes nessa ciência.
Deixo a opinião com vocês, caso se interessem mais pelo assunto, procurem um documentário, muito legal mesmo, chamado “Quem somos nós” e leiam Ziraldo, é um bom cartunista brasileiro, merece nosso apreço.