quarta-feira, 26 de novembro de 2008

UTOPIA

Todo mundo já designou o termo “utópico” pra falar de algo que não acontece efetivamente. Seja no campo social ou até mesmo no campo dos sentimentos, como o amor platônico, um tanto quanto utópico não?
A utopia, assim como o mundo das idéias de Platão, pode ser definida como a dicotomia, a repartição de uma mesma leitura, de uma mesma realidade.
Na época do Renascimento, meados do século XV, os filósofos renascentistas refletiam a respeito de modelo de uma sociedade perfeita, assim como a lendária Atlântida (reino imaginário referido por Platão). E como seria a sociedade perfeita atualmente, séculos depois do Renascimento (que cá pra nós, nasceu o auge do pensamento com os gregos, entrou em coma na Idade Média, ressuscitou no século XV e na idade contemporânea morre de morte cerebral)?
Sob meu aspecto, a sociedade perfeita, se fosse possível existir, seria formada por novos seres, não sei se humanos, mas algo muito mais evoluído com certeza, seres de suma educação, cultura, desenvolvimento, valores, este mesmo que sem influência de alguma seita ou religião, não é necessário se apegar a uma doutrina para concretizar o bem, muito menos uma doutrina ensinadora, pregadora de bons costumes e conceitos, do bem a todo custo e do amor ao próximo, mas, sobretudo, retributiva, punitiva, castigadora. Todos viveriam sob as mesmas condições de vida e seriam responsáveis pelas mesmas tarefas e atividades, é claro, respeitando a aptidão e a vontade de cada um, mas a divisão de tarefas de uma comunidade não seria algo com o intuito de auferir lucro, capital, vantagem ou qualquer coisa assim, não existiria capitalismo e nem exploração, já que todos seriam iguais.
Assim como os privilégios e as obrigações, a repartição de alimentos se dá da mesma forma comunitária. Ninguém precisa pagar para obter os bens de que necessita, e já que não há mercado de capitais, de bens e valores, de produtos trocados por moeda, não haveria, não existiria condições para que existisse a publicidade em si, portanto, nada de marketing ou consumismo. Todos viveriam de acordo com o que precisam para viver, ninguém precisa pagar para obter o que se quer, pois é de tudo em profusão, a vida seria sem luxo, simples e todos trabalhariam (não haveria CLT, é claro...).
Bem, para concluir, enxergo no conceito de utopia uma similar evasão da realidade, mas apesar disso tudo, as idéias utópicas são, sobretudo uma crítica apurada à ordem social, podendo inclusive se transformar em autentica força revolucionária (quem lembra da Revolução Russa? Da URSS? Alguém ai já leu Marx e Engels?).
Sou só mais uma sonhadora, imaginando doces deletérios...


Obs: A palavra utopia vem do grego “ÓU” (não) e “topos” (lugar), ou seja: NENHUM LUGAR.

Musicalidade: Vilarejo _Marisa Monte
Trecho Musical:
“Há um vilarejo ali...
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá..."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pena de Morte


Sempre que ocorre uma onda de violência, ou um crime particularmente cruel, hediondo, aparecem os adeptos da pena de morte, sobretudo políticos oportunistas pregando seu apoio. Quase sempre são políticos que nada fazem para mudar a situação de miséria, promiscuidade e medo que é a mãe da criminalidade. Quase sempre são políticos ligados aos maiores bandidos do país, que, no entanto praticam uma delinqüência dourada e impune, sem se preocupar com a justiça. Mas algumas pessoas de boa-fé acabam acreditando que a pena de morte, assim como a diminuição da maioridade penal é a solução pra situação brasileira hoje. Acreditam que tais medidas podem ajudar a diminuir os assaltos, os lançamentos de crianças pela janela, os seqüestros, os homicídios, estupros e etc... (o rol é realmente grande).
A pena de morte e a redução da maioridade penal não ajudam a reduzir a criminalidade. Sobretudo na Europa, em muitos países a pena de morte foi implantada e abolida, principalmente na metade do século, e as estatísticas de “antes e depois” da pena de morte puderam ser comparadas. A ONU elaborou um relatório sobre isso e não há nenhuma diferença em favor da pena de morte, os países que a implantaram não tiveram seus índices de violência diminuídos.
Mas se não existem provas de que a pena de morte reduza a criminalidade, existem provas de que ela aumenta. Antigamente, quando as execuções eram públicas, percebeu-se um aumento de violência na área em que os condenados eram mortos. Muito pior do que isso foram os inúmeros casos de pessoas que cometeram crimes punidos com pena de morte só para “suicidar-se” através do carrasco.
O pior da pena de morte, contudo não é sua ineficácia para reduzir a criminalidade, e sua propensão a incentivá-la. O pior é que ela é aplicada discriminatoriamente. São os pobres, os negros, os inadaptados que vão para os corredores da morte: ricos e poderosos nunca põem os pés lá.
Olhem para as nossas prisões e vejam quem é que esses políticos querem matar. Gostam de matar. Mas sua vítima – o povo brasileiro – gosta de viver.

P.s.: É admitida a pena de morte por fuzilamento, em tempo de guerra a crimes militares.

Musicalidade: Natália _Legião Urbana
Imagem: Um dos mais famosos executados hahaha, Saddam!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Já estamos de 'Bush' cheios


Bem, Obama ganhou... e eu no ápice da eleição não comentei nada! Que vergonha...
É, eu sei, mas saindo pela tangente, venho através desta, deixar meu apoio e meus votos de bom governo ao Presidente do Mundo.
Já sabemos que muito mais que uma eleição, foi vencida parte do preconceito racial existente naquele país... é uma grande vitória.
Estou esperançosa pelo governo do Obama... no mais, deixe estar...
See yá!