domingo, 24 de agosto de 2008
A Ditadura da Carne
"Queria escrever um texto falando sobre o consumo da carne,quer dizer,como um pedaço de matéria em decomposição pode ganha status de rei?Mas percebi que o assunto da alimentação,com adeptos fervorosos,fazendo reverencias agradecidas pelo deleite no genocídio,consumindo inocentemente no ato,que justifica os meios.É só a ponta da maminha! pois o tema esta extremamente entrelaçado aos desejos de saciação como um todo.
As putas no alto da Afonso Pena,oferecendo corpos a mostra e estipulando o preço de um consumo rápido,não chegam a lembrar açougue,com todas as suas praticas funestas,mas comparando a um fest-food,ou barraquinha de cachorro quente os mais distraídos podem confundir relações de parentesco não declaradas.
Em busca do prazer,o olhar se vira em direção ao decote,que responde estimulando o balanço da blusa.De repente tem-se uma orgia no meio da rua,com pessoas jogando vinho uma nas outras,se esbaldando em jarros de alegria,lambendo sem pudor corpos nus.Confusões de caras satisfeitas,gritam em coro marchinhas de carnaval e”viva o sexo!”O rei fica contente.
A ditadura da carne é implacável em forja interesses e ideais,inconscientemente todos seguem os desígnios ocultos de empenho geral para o bem satisfazer-se.O ditador não precisa de braço armado,nem contrato de arrendamento,muito menos sutilidades no trato.Porque o intimo munido por conspirações,mascara o "anormal".Assim o bem estar,auto regulador, protetor,invisível e onipotente,sobrevive por si só,em auto mutilações."
(Texto-Contribuição do meu querido amigo Nilto!, obrigada!)
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